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domingo, 7 de abril de 2013

Maquinita






Sem título
O colombiano Andrés Ariza é um cara quieto. Fã de arte, videogames e filmes, ama comida japonesa e molho tártaro. Está sempre tentando escapar do “mundo normal” porque acredita pertencer a algo que transcenda os padrões, apesar de fazer coisas rotineiras como todo mundo.
“Maquinita” ou como alguns podem chamar, “The Masheen”, é completamente diferente: dedicado e responsável com seus projetos, sempre aberto a novas ideias e sempre em busca da perfeição.  Assim Andrés descreve seu pseudônimo, que é fã e produtor de street e digital art na colômbia. As cores marcantes e a criação de personagens são os principais pontos de sua arte. A seguir, confira uma entrevista exclusiva com o artista e aprecie um pouco de seu trabalho!

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Conte-nos um pouco sobre seu trabalho. Como nasceu seu interesse por ilustrações?
Desde muito pequeno, dedicava tempo a desenhar e encher meus cadernos escolares com uma infinidade de persnonagens. “Ilustração” era uma palavra muito estranha para mim na época. Desenhar era somente um passatempo que me ajudava a escapar mentalmente das aulas – enquanto explicavam um tema, eu estava desenhando. Diziam que tinha problemas de concentração, mas nunca tive notas ruins.
Você diz que a infância te inspira. Quais são suas outras inspirações para criar personagens?
As imagens que sempre estão rondando minha cabeça vêm de muitas partes: essa interminável família de personagens e cores dos games dos anos 90 (Sega, Nintendo), as histórias de meu pai, os desenhos animados da mesma época, que foram mágicos… creio que vivi uma época perfeita para resultar em alguém como eu. Em meus personagens, sempre tento procurar algo especial, uma razão para existir, pois não gosto de desenhar coisas que não tenham um propósito imaginário.
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Quais são os artistas que influenciam seu trabalho?
Cada dia é mais difícil responder essa pergunta. Acredito que meu estilo permeia o Cartoon, o mangá, o Comic. Gosto do nada ortodoxo Mr. Sheldon, a limpeza de Mr. Mongo, a imaginação de Pendleton Ward, a dedicação de Sakiro Choi, o complexo infernal de Macbess, o místico Julian Narvaez…
No que Maquinita é diferente de Andrés?
Andrés é uma pessoa tranqüila, amante de molho tártaro, comida japonesa e videogames. Creio que mentalmente era necessário criar alguém com personalidade para lidar com algo que é tão divertido quanto é sério. Maquinita é um modo de ser parte do que faço, de não ser o pai das minhas criações, mas sim irmão de meus personagens.
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Qual o cenário da digital e da street art na Colômbia?
As coisas estão mudando. Creio que nos últimos anos, as pessoas envolvidas com arte visual e as que não estão começam a entendê-la de forma mais aberta. Creio que o caminho está certo, mas ainda falta muito. Os desenhistas, ilustradores e artistas de rua na Colômbia precisam melhorar e serem melhor apreciados.
Que mensagem está por trás de suas cores e traços tão característicos?
Creio que as cores que utilizo são uma maneira de entender os elementos naturais de uma forma digital. É uma combinação de RGBs muito saturados e cores muito suaves. Cuido muito dos traços em minhas ilustrações. Os vetores são elementos digitais que dificilmente implicam naturalidade ou textura nas formas. Sempre cuido para que meus traços não contradigam a natureza do vetor. Os vetores devem sempre ser tratados com cuidado e limpeza.
Conte-nos mais sobre o projeto de stickers de 5 metros.
Os stickers fazem parte da Street Art há um bom tempo. Aqueles em grande escala são pouco explorados.Tenho certeza que minhas ilustrações, personagens e demais elementos encontram seu ritmo por meio da combinação de pinturas e ilustrações impressas muito detalhadas.  Los sticker a gran scala son algo realmente inexplorado.

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Você esteve no México e nos Estados Unidos compartilhando seu trabalho. Como foi a experiência de divulgar sua arte?
A experiência foi extraordinária. Visitar tantos lugares por causa de minhas imagens é incrível. Ainda não me graduei, mas a vida que escolhi já se mostra muito interessante. Espero que esse seja apenas o bom começo de algo muito maior.
Quais são suas ambições como ilustrador?
São infinitas. Creio que tenho que seguir vivendo essa história e dizer sim a tudo o que me apareça pelo caminho. As oportunidades estão dadas. Temos muitas ideias para o futuro stickers em grande escala, desenhos animados, videogames, intervenções… são muitas coisas para explorar. Andrés e eu estamos tratando de melhorar cada  dia mais.

la gente en colombia


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